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Simplezas

por wcyl, em 25.08.15

ana amsterdam.jpeg

No dia em que se matou, fez canja de galinha, uma panela enorme, muito mais do que a quantidade habitual, para que fosse servida aos que viessem velá-la. E deixou os anéis e os brincos em cima da cómoda, sobre um naperão de linha fina, para que ninguém lhos tirasse. Sempre estranhei a sua morte por ser uma mulher simples, com uma vida simples, de hábitos simples. Achava, naquele tempo, que se suicidavam apenas os escritores, os pintores, as poetizas, enfim, os tolos que esperam demais da vida. O suicídio, parecia-me, exigia sensibilidade e a minha tia Lucília não a tinha.

(Agora em livro. Do blog Ana de Amsterdam) 

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